Ex-ministro de Bolsonaro chama Moraes de “comandante” no STF
Réu no processo, Paulo Sérgio Nogueira acabou confundindo o ministro do STF como “comandante”
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O ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira se confundiu durante interrogatório e chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de “comandante”.
O general do Exército prestou depoimento na tarde desta terça-feira (10/6). Sérgio Nogueira afirmou que a carta endereçada ao então comandante do Exército, general Freire Gomes, preocupava o governo federal.
Em seguida, o ex-ministro relatou que marcou a reunião de 14 de dezembro, na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), uma minuta de golpe aos comandantes das Forças Armadas. Ao explicar a situação, porém, Paulo Sérgio acabou chamando Moraes de “comandante”.
“Eu não era mensageiro do presidente para consultar A, B ou C para ver se tinha que ter isso ou aquilo outro. Eu me lembro como se fosse hoje, dizendo: ‘Não se fala mais nisso, homem’. Eu realmente acreditei. A reunião do dia 14 foi exatamente para fechar a questão e não se tocar mais nesse assunto, comandante. Perdão, ministro…”, disse o ex-ministro da Defesa.
Moraes reagiu com bom humor: “Isso é um elogio. Nas redes sociais, já recebi elogios piores”, brincou o ministro.
Bolsonaro jamais pressionou para alterar relatório
O general afirmou a Moraes que jamais foi pressionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para mostrar o relatório das Forças Armadas acerca das urnas eletrônicas.
O ex-ministro da Defesa afirmou que o objetivo do relatório não era encontrar uma possível fraude nas eleições, mas sim fiscalizar todo o processo eleitoral.
“Eu não despachei documento nenhum. Não houve reunião, não levei relatório para o presidente . O presidente jamais me pressionou. Seja para mandar o relatório somente no 2º turno, seja para alterar o relatório. O que me deixa de cabeça quente na denúncia, que alterei esse relatório”, disse o general.